Uma inovação está prestes a quebrar as barreiras do sistema financeiro brasileiro para estrangeiros. Desenvolvido durante o hackathon da @btcplusplus, o NostrPix é um aplicativo que utiliza o protocolo Nostr e a Lightning Network do Bitcoin para permitir que qualquer pessoa no mundo faça pagamentos PIX usando Satoshis, a menor unidade da criptomoeda. Criado por Daniel Tinoco, Matthew Vuk, James Scaur e Octavio Lucca, o projeto nasceu de uma necessidade real e já aponta para um futuro onde pagamentos globais podem ser simples e descentralizados.
Como surgiu a ideia da NostrPix?
A ideia surgiu de uma dificuldade enfrentada por Matthew Vuk, integrante do time responsável pelo front-end. “Eu sou estrangeiro e sempre esbarrei na impossibilidade de usar o PIX sem uma conta brasileira”, conta ele. Foi esse obstáculo que inspirou o grupo a criar uma solução inovadora: uma Organização Autônoma Descentralizada (DAO) que conecta quem quer pagar com Satoshis a provedores de liquidez dispostos a realizar transações PIX em troca de uma pequena taxa. “Queríamos algo descentralizado e eficiente”, explica Daniel Tinoco, um dos líderes do projeto.
Como funciona o NostrPix?
O funcionamento do NostrPix é simples, mas poderoso. Provedores depositam reais via PIX em um “pool de liquidez” e recebem Satoshis mais um incentivo financeiro. Quando um usuário precisa fazer um pagamento PIX, a DAO utiliza esse pool para executar a transação de forma automática. “É uma ponte entre dois mundos: o dos Satoshis e o do PIX, sem intermediários tradicionais”, detalha James Scaur, que trabalhou intensamente no back-end ao lado de Octavio Lucca.
A tecnologia por trás do NostrPix é o que torna tudo possível. O protocolo Nostr garante a comunicação descentralizada, enquanto a Lightning Network, integrada via @fedibtc, permite transações rápidas e baratas com Satoshis. A Nostr Connect Wallet (NCW), desenvolvida pela @nwc_dev, é a peça que une esses elementos. “O Nostr e a Lightning Network nos deram a base perfeita. Eu e o Matthew focamos no front-end para tornar a experiência intuitiva, enquanto o James e o Octavio seguraram o back-end”, afirma Daniel Tinoco.
O diferencial do NostrPix está na acessibilidade. “Qualquer um com Satoshis pode usar o PIX sem CPF ou conta local. E os provedores ganham por oferecer liquidez. É uma solução prática e descentralizada”, destaca James Scaur. Apesar do potencial, o desenvolvimento não foi fácil. “Integrar o Nostr e a Lightning Network ao PIX foi um desafio técnico grande. Passamos noites ajustando tudo, mas o hackathon e o suporte da @nwc_dev nos ajudaram a chegar lá”, lembra Octavio Lucca, que dividiu esforços entre o front e o back-end.
O que esperar do futuro do NostrPix para pagamentos Pix com bitcoin no Brasil?
Olhando para o futuro, o time já tem planos ambiciosos. “Queremos crescer o pool de liquidez e atrair mais provedores para escalar o serviço. Estamos refinando a interface para que tudo fique ainda mais simples”, diz Daniel Tinoco. Para Matthew Vuk, o NostrPix é mais do que um aplicativo: “É o começo de um padrão para pagamentos globais sem barreiras”. O grupo também faz questão de agradecer à comunidade que os apoiou. “O hackathon da @btcplusplus e a tecnologia da @nwc_dev foram essenciais. O futuro dos pagamentos é descentralizado, e ele já começou”, celebra James Scaur.
Ainda em seus primeiros passos, o NostrPix já desperta atenção por sua promessa de conectar o mundo ao PIX brasileiro de forma inédita. Com a união de criatividade, tecnologia e um time dedicado, Daniel Tinoco, Matthew Vuk, James Scaur e Octavio Lucca mostram que a descentralização pode resolver problemas reais — e o futuro, como dizem, está apenas começando.
Sobre a BTC++ (BTC plus plus)
A BTC++ é uma série de conferências focada em desenvolvedores e entusiastas da tecnologia Bitcoin, com ênfase em palestras aprofundadas e workshops práticos sobre os avanços mais recentes no ecossistema do Bitcoin. Diferente de eventos maiores e mais comerciais, a BTC++ prioriza um ambiente intimista, reunindo públicos menores e altamente engajados, como programadores e construtores, para explorar temas técnicos como a Lightning Network, eCash e outras inovações. Organizada por figuras conhecidas da comunidade, como Lisa “Nifty” Neigut, a conferência já passou por cidades como Austin, Berlim, Buenos Aires e, em 2025, Florianópolis, no Brasil, entre 19 e 22 de fevereiro, com apoio de organizações como a Human Rights Foundation e empresas como Vinteum e Satoshi Labs. Seu objetivo é capacitar participantes a mergulhar na vanguarda da tecnologia Bitcoin e moldar seu futuro de forma colaborativa.