O governo do Paraguai declarou recentemente sua preferência em vender seu excedente de energia elétrica para mineradores de Bitcoin ao invés do Brasil. Segundo Javier Giménez, ministro da Indústria e Comércio, a mineração de criptomoedas oferece um retorno financeiro significativamente maior, pagando até três vezes mais que o Brasil. Essa decisão se baseia no alto lucro proporcionado pela mineração de Bitcoin, que se destaca como a única indústria altamente lucrativa no país atualmente.
O Paraguai, que possui um vasto excedente de energia devido à usina hidrelétrica de Itaipu, enfrenta desafios com a mineração ilegal de criptomoedas. No entanto, o governo está empenhado em regulamentar a atividade, buscando atrair investimentos e fortalecer a economia local. Projetos de lei estão sendo desenvolvidos para criar um ambiente mais seguro e regulamentado para os mineradores, garantindo que o país possa se beneficiar economicamente dessa crescente indústria.
Além dos aspectos financeiros, o governo paraguaio vê na mineração de Bitcoin uma oportunidade de posicionar o país como um hub tecnológico na América Latina. A energia barata e abundante de Itaipu oferece uma vantagem competitiva significativa, tornando o Paraguai um destino atraente para empresas de mineração de criptomoedas.
O Brasil, que historicamente tem sido um dos maiores compradores da energia paraguaia, pode enfrentar desafios com essa nova dinâmica. A mudança na preferência de venda de energia pode impactar a relação comercial entre os dois países, obrigando o Brasil a buscar alternativas para suprir suas necessidades energéticas.